ESTRELAS ALGODOADAS
Deitei na imensidão noturna, num tatear de quimeras,
em estrelas algodoadas no céu, tal como flores sentidas de esperas
em lua nova de tantas texturas, vencendo as armaduras
a condensar-me em vontades....num suspirar de nossas afinidades
Sobre a brisa que beija-me em sonho...um hálito risonho
abraçando-me ao acordar...neste momento que desejo vivenciar
No apressar do tempo...que pára e segue leve como o ar
Como borboletas a voar, pousando carícias a fim de cortejar
Assim é o mar alto que me banha o íntimo em profunda solidão
quando te esqueces de mim, num palpite estranho de ilusão
que faz deserto das palavras, que tristes me ferem a alma
quando anseio por teu calor, pela paz de tua calma
E suplico em sóis que voltes e faça meu coração flutuar
que não me deixes em tristezas amargar
Pois te amo tanto, que não posso silenciar
todo o sentir que se põe em poros a transbordar