Pelo caminho
Senhor! Vejo e faltam-me palavras
para revelar o que sinto.
A dor é grande e não finjo
mas, às linhas não vem as palavras
A angústia também não é fingimento,
ela agora habita em minh’alma
que atormentada, não se acalma
e marca o papel com sofrimento.
As palavras são poucas para tanto pranto.
Olhos perdidos, rostos talhados pelo desespero,
pés rachados, mãos calejadas e feridas por tantos.
Os verbos são insuficientes
para as injustiças do caminho
Senhor! Aqui estamos todos doentes