CÉRBERO
O cão fantasma atravessou a lua com seu uivo
E a noite caiu terrível na rua.
Restos podres de filosofias urbanas impregnavam os narizes
Das pessoas bêbadas e felizes.
O vento veio com seu manto gelado
Cobrindo casas velhas abandonadas
E o cão fantasma,guardando o portão no inverno,
Impedia que almas desqualificadas adentrasse ao inferno.
Lá dentro só as terríveis andorinhas canibais.