Tempos Modernos
Escorre sem rumo
O tempo das horas
Do lirismo caduco
Num mundo fantasiado
Sob as margens do medo
Do absurdo descoberto
O absurdo entrou em coma,
Servi uma porção de esquecimento
Mas o esquecimento
Lembra de todos os detalhes
Aliás está tudo
Arquivado e exposto
Basta clicar
E o absurdo deixa de ser
Diluído sob o som da modernidade.
A notícia é sempre velha,
O amor reduziu-se a nada
Os sonhos morrem de sede
O sorriso não dura a felicidade,
Os olhos estão mudos
O abraço preso á envios
O beijo ...
Não há beijo,
Talvez suas lágrimas estejam
Em algum papel
Soterrado dentro
De algum livro
Livro...
E assim somos o que destruímos
O que apagamos
O que fingimos
Ou quem sabe apenas, noites mortas em nome da luz.
JK. - fim de mais um ano.
Princípios Inconstantes-
III Seminário Internacional de Jornalismo Cultural