VERDADE CONTIDA

Tenho sentido a tua ausência

Dói toda a extensão do meu corpo

Alvo sou de vasto sentimento

Que dá vazão aos meus fortes ímpetos.

Quase sempre me lembro de ti

No meu caminhar árduo e diário

Na execução do meu comum trabalho

Tens sido uma constante razão.

Reclamo tua criança bonita

Portadora de uns olhos marotos

Dona de um sorriso magnético

Possuída de palavras embargadas

Atenta, quero decifrar o resto.

É tão forte a sensação que sinto

Da falta acentuada que me fazes

Que vezes o sono me despreza

Ou então sonhos diversos me sobressaltam

Pondo-me presa como se só um animal fosse.

Tento dominar as barreiras malditas

Que teimam em me fazer sofrida.

Passam os dias e as suas noites

E fico preenchida dessa falta.

Vem, não desperdicemos o tempo

Fiquemos protegidos e embalados

Reciprocamente nos quatro braços amigos.

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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 34.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 13/12/2010
Reeditado em 02/07/2012
Código do texto: T2668717
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