Soneto aos Poetas

O poeta quando passa é passarinho

Quando para, tudo passa e ele pensa

Quando pensa, se desdobra em seu carinho

Traduzindo em poesia a dor intensa.

Porquê rima a própria vida enquanto passa;

Quase escoa como a água, em puro dom;

É que vida sem poesia não tem graça,

Pois a graça da poesia é a luz do som.

Aos poetas, sonhos encantados;

Se o poeta é desencanto a vida cala,

Pois a vida, a própria vida, é como um canto.

O poeta deu a lua aos namorados,

E o luar, que é tão bonito, nem se fala,

Ele cobre a própria noite com seu manto.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 13/12/2010
Reeditado em 25/12/2010
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