Noite de Agosto


Dois corpos que embalam
Ouvindo um bolero bailam
Sensações de um forte desejo
Clama-os a um doce beijo.

Corpos colados em harmonia
Envoltos por doce magia
Eternizam o momento do amor
Rodeados de pétalas em cor.

O vinho paira em bouquet no ar!
O amor na noite orvalhada
Amantes sem fim nem morte
Ditosos à natureza e sorte.

Ondas de dança e ardor
Recebem fios de luz e calor
Ondas de um corpo em torpor
Concedem à delícia do amor.

Vejo-o bailar em meu corpo
Chego a sentir o teu gosto
Devaneio ser a dona do rosto
Do bolero naquela noite de agosto.


17/10/06