OLGA

OLGA

Fecho os meus olhos e tua imagem se fecha diante de mim

Como em “close” – só que meu

O meu “close”

O meu olhar

A tua voz rouca

A silhueta ainda perfeita do teu corpo

Não, não estás mais em uma “tela”

Talvez devesse estar em uma moldura

Linda, meiga, forte... Sensual

Teus gestos sutis que me lembram à ternura

Olhos que não insistem em esconder o tempo

Olhos que se alçados ao impróprio sabor do vento me trariam verdades

E se não são verdades, também não são mentiras

E o que não são mentiras são luzes

Luzes da cor do sol, como teus cabelos

Luzes que cintilam camadas pós-corpóreas... Como espectros

Mas és anjo, em cada um de seus aspectos

Um anjo de todas as manhãs

Que não te pezes o nome “Olga”

Eterna guardiã de “Cavaleiros da Esperança”

Que possas sentir a responsabilidade de se alcançar o infinito

Se for isso o que quer

E o infinito é tão perto “Olga”

Mas que honre o nome: “Olga”

Fêmea, comum e mulher.

Sérgio Ildefonso 8.11.2006