Terra Firme
Gosto agora assim:
Andorinha plantando capim...
Sobre a terra molhada
Não precisa de mais nada para voar
Subira alto demais!
Suas asas ficaram cansadas
Segurando lanterna...
Revezando - enquanto uma asa voava
A outra ficava segurando...
Luz azulada, prateada queimando
Agora não precisava mais do artifício da lua
Resolvera ficar em terra firme
Às vezes, aparecia um monte branco
Com lindos sonhos, que perdurarão além de si...
Outras vezes, nuvens negras - não de fome
Aparecem chaminés na ternura de um fogo aceso
Andorinha, não pode mais voar!
Aprendera a mirar a natureza
Na sutileza de uma pedra
Sons de trovões, não assustam mais
Lindas melodias acalmando seus receios.
Atravessa o rio bravo, serenamente...
Como se acariciasse seus olhos
Por um lago
Andorinha venceu!
Compreendeu que o céu era ilimitado para ser seu
A terra, não
Era demarcada e poderia correr, correr
Ao encontro de ser
Encostar-se às açucenas e tirar das suas folhas
Enfeites de pena.
Sem holofotes, sem velas
Caminhava brandamente
Ao encontro do sol