Um punhado de vento

Tenho um punhado de vento

Guardado no pensamento

Sempre que sopra a favor

Componho versos de amor

Se soprar a contratempo

Ensaio um breve lamento

Se o vento me fustigar

E o não consiga acalmar

Deixo-o seguir o seu rumo

Nada mais me prende a ele

Se o retenho a força é dele

Fico cativa à mercê

Se o libertar fico eu livre

Para arbitrar o meu destino

Escolher a minha condição

Vai-te vento, faz-te ao largo!

Devolve-me a acalmia

Já minha alma bramia

Ao rugir dos teus encantos

E o mastro desavisado

Avança no mar salgado

Ao sabor do teu comando

Fana
Enviado por Fana em 12/12/2010
Código do texto: T2667699
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