O copo
O meu tempo é o da poeira
Nos livros sacudindo as páginas
Que caem no chão molhado.
Minha pressa é a das pernas
E coxas dormentes que passeiam
Pela casa enquanto a vida passa.
Minha sede é o copo por sobre a mesa
A esbarrar a esbarrar nos sonhos -
Regando poesia.