Lembrança*
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quando mais tarde
sentires frio
quando a sombra
esconder o teu sorriso lívido
talvez ferido
de olhar tanto vazio
vais sepultar nosso amor
que não foi consumido
saberás
que te amei em silêncio
posto que meu amor
foi ferido
quando supus o teu,
alheio ao meu,
que ressoou atrevido
não te esqueças;
lembra-te que te amo!
tu sofrerás
transitórias dores
igual a árvore
que corta um ramo
aqui estamos
ao fim e clamo;
de tudo,
entre tudo que lembrares
não me esqueças,
lembra-te que te amo.
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Alzira Paiva Tavares
Olinda,13/06/2010