ZOMBADORES DA FÉ

Homens terrenos,

ingênuos descrentes

Nascidos de sêmens errantes

Jogados em úteros lascivos

Sementes daninhas de seres mesquinhos.

Crescido em alcovas doentes

de ambientes luxurientos,

com conceitos nocivos

a formar monstros viventes.

Assassinos vis, sádicos, dementes.

Lazarentos de almas corroídas.

Noivas de diabos avarentos.

Fiéis de cultos malignos,

de romarias macabras

Saudando demônios em cânticos delirantes!

Vocês animais repugnantes

Podres vegetos materiais

Hão de sentir o látego

Sulcar fundo a carne fétida

Até explodirem as veias

e romperem os tecidos

Mas não percam os sentidos

homens descrentes

Zombadores da fé!

E antes dos ossos arderem em chamas

Dilatem as vísceras

E num último e gutural lamento

Supliquem perdão...

Talvez haja tempo...

Talvez Deus os ouça!

Dirceu Kommers
Enviado por Dirceu Kommers em 12/12/2010
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