A meiguice de um furação*
Não são as ondas do mar
Que varem meu silêncio inoportuno,
Não é o passado que goteja na minha ribeira dispensada no tempo
Que me condena por ter te esquecido;
É apenas o furacão da tua meiguice,
Onde o acaso não me deixou navegá-la,
Que me mostra que a hora e o tempo
São contrários ao amor que nunca será desfeito.
Deixa-me, então, turbilhar no silêncio das lembranças
Do que foi vivido em um único momento
E que se faz renascer no fogo de todos os abraços contidos.
És tu...
Água, fogo, ar... Na terra que renasce e encerra nossos amores perdidos!
(Site:poetasdopiaui - A batalha das rosas)