BATEL
Não me queres conhecer
entre noites taciturnas,
em meu peito esquecer
tão vagas noturnas.
Descobre-me neste mar
de ondas bravias
entende-me no navegar
de tuas ironias.
Cai uma palavra, um raio,
recai no mesmo lugar
neste triste ensaio
do balanço deste mar.
Basta falar-me suave
para estares ao meu lado,
nada é tão grave
no coração apaixonado.
Vou no mar infinito
navegando neste batel
de coração aflito,
olhos fitos no azul do céu.
(YEHORAM)