Poema da Repugnância
Eu te desvendo, especialmente hoje.
E assim consigo dizer coisas,
no canto da sala onde se agrupam,
senhoras que me observam.
Fratura exposta,
meu coração gritando como uma vadia,
lençois rasgados.
Essa é uma maneira civilizada
de dizer que poderei te amar amanhã.
Não se os cães devorarem meu coração antes.
Chama, depois cinza, depois marcas de chicote nas costas.