ERA, PRETÉRITO IMPERFEITO
“Era o compêndio da doçura ao som do Sol.
Estátua de areia quebrada, vento e vôo.
Era o dia e a noite de mãos dadas pela praça dos murmúrios.
Era a vida, sentir frustrado, sombra intocada
de uma tarde morena matando estrelas para o jantar.
Era o espaço e o canto dos amantes
construindo muros de palavras, chão de versos,
céus de música e poesias transparentes entre o vegetal e a promessa.
Era o momento dizendo: _Eis-me!
Ignorando passados,
formas do futuro, desertos do presente.
Ressuscitado em parte alguma a todo tempo.
Era o compêndio da doçura, estátua de areia,
“Felicidade entocada em mim e em nada”.