A MATA

A mata silenciosa, escura e fria,

É um mundo separado de outro mundo

Habitado por animais, insetos,

E répteis perigosos – bicho imundo -!

Aves, mosquitos, peixes – prediletos -.

Tem protetores espirituais

Que o misticismo rege para o amor.

E os Anjos da mata em seus rituais

Defendem esse mundo com ardor.

O vento na galhada faz a orquestra,

Aves canoras fazem vozes mil.

A lua quando sai prateia a mata

E como grande e majestosa mestra

Inunda cor de prata o céu de anil.

Nos bancos; é isso que ele mais almeja

Ainda que o povinho que o apedreja

Fique sentindo tanta piedade.

E assim vão acabando com a mata,

Resta ao voltar, roceiro, pra cidade,

Ir viver somente catando latas.

Salé, 02/12/10, às 07h 05min