POEMA

Fecundei minh'alma de poesia

Repleta dos sonhos afortunados

Pescados no oceano da loucura

Delírios tolos e dos versos a formosura

Captei saudade às avessas, insônia

"Não se força o parto de um poema

Não se perdoa a dor de um poeta"

E assim parindo métrica prematura

Sem anestesia e sem analgésico

A pena é o instrumento do obstetra

Meu poema nasceu frágil e raquítico

E num suspiro retirou-se gesto e aceno

perdeu-se na mémoria , morreu efêmero

meu filho jaz no vazio do esquecimento

Quem sabe um dia ecoando no infinito

Minha voz num grito encontre o filho errante

E eu poeta madre novamente

Possa parir você forte e bonito

(Irene Cristina dos Santos Costa - Nona Costa, 05/04/2010)

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 11/12/2010
Reeditado em 11/12/2010
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