CYBERNÉTICO
Jamais entenderei os meus bits e bytes
Ou o que dos meus kbytes
Das palavras que me entram ao ouvido
Que meu coração deleta ou processa como spam
Das mulheres que levei pra cama
Iludido pelo meu photoshop alcoólico
Dos meus “crtl-vês” para não continuar uma discussão
Das vezes que tive que reiniciar a vida
Porque ela travou sem motivo
Das vezes que fui infectado pelo vírus da cólera
Do mau humor, da arrogância
E não teve jeito
Foi preciso reformatar tudo, sem perdão
De o meu funcionar diário numa programação pirata
Meu convencional amplamente difundido
O ilegal implícito à cultura
Da ciência do meu cyber-saber
Da minha virtude em virilidade funcional virtual