CYBERNÉTICO

Jamais entenderei os meus bits e bytes

Ou o que dos meus kbytes

Das palavras que me entram ao ouvido

Que meu coração deleta ou processa como spam

Das mulheres que levei pra cama

Iludido pelo meu photoshop alcoólico

Dos meus “crtl-vês” para não continuar uma discussão

Das vezes que tive que reiniciar a vida

Porque ela travou sem motivo

Das vezes que fui infectado pelo vírus da cólera

Do mau humor, da arrogância

E não teve jeito

Foi preciso reformatar tudo, sem perdão

De o meu funcionar diário numa programação pirata

Meu convencional amplamente difundido

O ilegal implícito à cultura

Da ciência do meu cyber-saber

Da minha virtude em virilidade funcional virtual

Axills
Enviado por Axills em 11/12/2010
Código do texto: T2665265
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