Distante e pálida realidade sonhada.

Distante e pálida realidade sonhada.

Lembro-me que estava em uma estrada,

Deserta, calma mais muito bizarra.

Ouvia gritos perdidos ao meio dos matos,

E as arvores bailavam ao uivo dos ventos.

Lembro-me que algo buscava,

Mas não sabia o quê.

Mas lá estava… com pés descalços.

Fazia frio, pelo que me lembro.

Não havia lua ou mesmo nuvens,

O céu era negro, e as ruas frias.

Havia uma luz distante, acho que era uma casa.

Ela se aproximava e se afastava,

Por mais rápido que eu andante,

Era tarde, ou cedo, sei lá.

Acho que não existe horas nesse lugar.

Não sei como vim parar aqui,

Mas sei que aqui que deveria estar,

Com todos os meus medos e duvidas,

Procurando me encontrar.

Fazia frio, e eu lá estava,

Com as roupas rasgadas,

Procurando respostas…ao nada.

Pois a escuridão predominava,

e o único ser que lá estava, era eu.

Como encontrar no breu,

O que não pode ser achado,

O que não pode ser roubado nem dado.

Mas que sempre pertenceu a mim.

Quando acho que cheguei ao fim,

Vejo que nem estou no começo,

De minha procura,

Não sei se estou entorpecido pela loucura,

O se na verdade, esta é minha nova realidade.