Meu eu

Cada lágrima que escorre em meu rosto

é um pingo do desgosto que vem da memória.

Esboço um sorriso ironico, mas sinto um vazio

No peito, enquanto a menina dos meus olhos chora.

Sentimento canibal que por dentro me devora;

Tristeza imensa e sufocante, criatura louca e distante

De todos que habitam o mundo do lado de fora

E me olham agora, sentindo pena de mim,

E em plena a dor, eu faço um poema pro meu interior

Antecipando o meu próprio fim.

Almeida Silva
Enviado por Almeida Silva em 10/12/2010
Reeditado em 10/12/2010
Código do texto: T2664032