Hoje um texto belíssimo
Da
POETISA ERTY
Que tenho o privilégio
De oferecer a todos:
UM BEIJA-FLOR...
Era uma vez um beija-flor
Que vivia procurando uma flor...
Mas não qualquer flor,
Tinha que ser especial, notável.
Visitou vários jardins,
Conheceu muitas flores,
Belas e formosas,
Seu pequeno coração
Almejava algo maior,
Não que as flores fossem vazías,
Pelo contrário, muitas estavam
Cheias de néctar,
Mas não se sentia bem
E com seu bater de asas
Saia voando para outros jardins...
Em terra distante,
Cansado de voar, querendo apenas
Descansar o beija-flor resolveu parar...
Era um jardim vazio como nunca vira antes
E, no meio dele havia uma flor miúda
E murcha... Aproximou-se e perguntou:
Ela se disse magoada e cansada de sofrer,
Sozinha estava a espera de um único amor...
Um único beija-flor.
Ele p'rá ela deu carinho e afeto,
A fecundou com o pólen do amor
E a flor na mais linda se tornou...
Com o tempo o jardim pobre
Em cheio de vida se transformou
E o beija-flor só para ela se entregou.
A flor pediu para que o beija flor
Prometesse não visitar mais nenhuma flor,
Que não voasse com seus amigos
E seus insetos não caçaria mais...
Deslumbrado com sua beleza
E a riqueza de seu jardim,
Acreditando que só dela poderia viver,
O beija flor concordou... E ali ficou,
Nunca mais voou para outro lugar.
Fazia tudo pela flor,
Trazia água, fazia sombra
Em dias quentes, a protegia dos ventos
Da vida, velava seu sono. Um dia porém a flor
Seu néctar negou. Sem saber o que fazer
O beija-flor perguntou:
- Por que? -
A flor respondeu...
- Suas asas trazem pó e sujeira
Para minhas pétalas, me sinto suja
Quando você vem...
O beija-flor
Não podia acreditar
Naquilo que ouvia...
Não sabia mais pra onde ir...
Sentiu-se culpado pela perda,
Sentiu-se pequeno, entregou a essa dor.
Suas asas, depois de tanto tempo sem voar,
Já não suportavam seu peso, e não podia sair...
Sem o néctar não tinha mais energia
Conseqüentemente não podia
Caçar seu alimento...
Foi perdendo as forças
E acabou no chão sobre a sombra
De sua ex-flor, ali suplicou, a flor
Não ouviu, seus apelos não percebeu
Ele pediu néctar para alçar mais um vôo,
Mas a flor simplesmente negou e no frio
E ao relento ela o deixou.
Quase que desacordado
O beija-flor ouviu
Uma voz suave
A lhe chamar:
- beija-flor, beija-flor...
E ao se virar observou um velho amigo
Que há muito tempo não via, outro beija-flor,
Ele lhe trazia um pouco de néctar...
Com aquilo o beija-flor novamente voou,
Foi um vôo pequeno, em outro jardim chegou,
Cansado, próximo ao chão pousou
Uma flor de campo ele encontrou
A flor do campo a ele seu néctar ofereceu...
O beija-flor que tinha se esquecido de voar,
Pela outra flor sua vida ele deixou de levar...
Mas para aquela simples flor do campo
Ele resolveu se entregar... Ela jamais
Lhe pediu algo em troca,
E ele finalmente
Pode compreender
A diferença entre a privação e a doação.
Hoje ainda está reaprendendo a voar,
Mas felizmente encontrou aquilo
Que no principio procurava,
Algo maior, não presente
Na beleza ou riqueza,
Mas encontrado
Na pureza e na simplicidade
De uma flor do campo,
O amor verdadeiro!
JULIA ERTY
***
google/imagens
Apresentação:
Walter de Arruda
Da
POETISA ERTY
Que tenho o privilégio
De oferecer a todos:
UM BEIJA-FLOR...
Era uma vez um beija-flor
Que vivia procurando uma flor...
Mas não qualquer flor,
Tinha que ser especial, notável.
Visitou vários jardins,
Conheceu muitas flores,
Belas e formosas,
Seu pequeno coração
Almejava algo maior,
Não que as flores fossem vazías,
Pelo contrário, muitas estavam
Cheias de néctar,
Mas não se sentia bem
E com seu bater de asas
Saia voando para outros jardins...
Em terra distante,
Cansado de voar, querendo apenas
Descansar o beija-flor resolveu parar...
Era um jardim vazio como nunca vira antes
E, no meio dele havia uma flor miúda
E murcha... Aproximou-se e perguntou:
Ela se disse magoada e cansada de sofrer,
Sozinha estava a espera de um único amor...
Um único beija-flor.
Ele p'rá ela deu carinho e afeto,
A fecundou com o pólen do amor
E a flor na mais linda se tornou...
Com o tempo o jardim pobre
Em cheio de vida se transformou
E o beija-flor só para ela se entregou.
A flor pediu para que o beija flor
Prometesse não visitar mais nenhuma flor,
Que não voasse com seus amigos
E seus insetos não caçaria mais...
Deslumbrado com sua beleza
E a riqueza de seu jardim,
Acreditando que só dela poderia viver,
O beija flor concordou... E ali ficou,
Nunca mais voou para outro lugar.
Fazia tudo pela flor,
Trazia água, fazia sombra
Em dias quentes, a protegia dos ventos
Da vida, velava seu sono. Um dia porém a flor
Seu néctar negou. Sem saber o que fazer
O beija-flor perguntou:
- Por que? -
A flor respondeu...
- Suas asas trazem pó e sujeira
Para minhas pétalas, me sinto suja
Quando você vem...
O beija-flor
Não podia acreditar
Naquilo que ouvia...
Não sabia mais pra onde ir...
Sentiu-se culpado pela perda,
Sentiu-se pequeno, entregou a essa dor.
Suas asas, depois de tanto tempo sem voar,
Já não suportavam seu peso, e não podia sair...
Sem o néctar não tinha mais energia
Conseqüentemente não podia
Caçar seu alimento...
Foi perdendo as forças
E acabou no chão sobre a sombra
De sua ex-flor, ali suplicou, a flor
Não ouviu, seus apelos não percebeu
Ele pediu néctar para alçar mais um vôo,
Mas a flor simplesmente negou e no frio
E ao relento ela o deixou.
Quase que desacordado
O beija-flor ouviu
Uma voz suave
A lhe chamar:
- beija-flor, beija-flor...
E ao se virar observou um velho amigo
Que há muito tempo não via, outro beija-flor,
Ele lhe trazia um pouco de néctar...
Com aquilo o beija-flor novamente voou,
Foi um vôo pequeno, em outro jardim chegou,
Cansado, próximo ao chão pousou
Uma flor de campo ele encontrou
A flor do campo a ele seu néctar ofereceu...
O beija-flor que tinha se esquecido de voar,
Pela outra flor sua vida ele deixou de levar...
Mas para aquela simples flor do campo
Ele resolveu se entregar... Ela jamais
Lhe pediu algo em troca,
E ele finalmente
Pode compreender
A diferença entre a privação e a doação.
Hoje ainda está reaprendendo a voar,
Mas felizmente encontrou aquilo
Que no principio procurava,
Algo maior, não presente
Na beleza ou riqueza,
Mas encontrado
Na pureza e na simplicidade
De uma flor do campo,
O amor verdadeiro!
JULIA ERTY
***
google/imagens
Apresentação:
Walter de Arruda