poema de mim
eu sou
o que não era
para ser
insisto
no atrito,
raio
que não pára
sou eu
a ânsia de vômito
a causa
e a conseqüência
do déjà vu,
jamais vi
sou às tantas
da madrugada
epilepsia
sou a forma da dor
e do prazer
na hora de morrer
quando o céu
se contorce em fogo,
nuvem hemorragia
diariamente,
sou parto,
mas...
jamais serei coágulo