poema de mim

eu sou

o que não era

para ser

insisto

no atrito,

raio

que não pára

sou eu

a ânsia de vômito

a causa

e a conseqüência

do déjà vu,

jamais vi

sou às tantas

da madrugada

epilepsia

sou a forma da dor

e do prazer

na hora de morrer

quando o céu

se contorce em fogo,

nuvem hemorragia

diariamente,

sou parto,

mas...

jamais serei coágulo

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 17/10/2006
Reeditado em 17/10/2006
Código do texto: T266329