PECADOR

"Onde está a tua força,

Teu encanto por pecado, pecador?

Não responde, calmo meditas.

O teu ódio está dormindo

decepado dos teus sonhos.

Onde estão as tuas armas

E as blasfêmias que proferistes?

Caladas, tua boca e tua alma,

Esperando as respostas

que não vêm e que te ferem

e angustiam.

Onde estão os teus amores,

Tão promíscuos e profano como tu?

Ser bondoso contigo mesmo sufoca

E já não falam as línguas o teu nome

E as tuas esperanças te tentam

Tamanhas como as decepções que te tocam.

Onde estás?

Onde está teu prestígio, que te carregaste por colinas de ilusões

reles e humanas, como a tua própria vulnerabilidade?

Quem és hoje nos espaços das orações mal proferidas?

Nosso declínio se funde com a vida que sonhamos

Sem saber e tão ciente

De que és quem sou

Até que a vida na morte nos separe.