Alma
Abençoadas páginas
Cheias de nuances
Brincam fragmentos do dia
Sem provocar a imaginação
Ou tocar a tortuosidade.
Já não sei se as rédeas
Alcançaram o formato da situação
Ou se indomáveis pensamentos
Acomodaram começo e fim.
Apenas uma poesia aberta
Bordando permissões.
Um modo inelutável lançando
Placidamente bocejos
Neste espaço circunscrito de nada.
Roda-viva...
Cadeira vazia...
Esquecida no canto do jardim
Despertada apenas
Pelo brilho solitário da lua
Refletindo noite
Encobrindo-se na poeira
De mais um dia
Sem a clareza total de você.
Tudo sem mudar de lugar
Numa normalidade fatal.
Vive bendita alma
Acendendo mais uma vez
As luzes de Natal.
lú