Alma

Abençoadas páginas

Cheias de nuances

Brincam fragmentos do dia

Sem provocar a imaginação

Ou tocar a tortuosidade.

Já não sei se as rédeas

Alcançaram o formato da situação

Ou se indomáveis pensamentos

Acomodaram começo e fim.

Apenas uma poesia aberta

Bordando permissões.

Um modo inelutável lançando

Placidamente bocejos

Neste espaço circunscrito de nada.

Roda-viva...

Cadeira vazia...

Esquecida no canto do jardim

Despertada apenas

Pelo brilho solitário da lua

Refletindo noite

Encobrindo-se na poeira

De mais um dia

Sem a clareza total de você.

Tudo sem mudar de lugar

Numa normalidade fatal.

Vive bendita alma

Acendendo mais uma vez

As luzes de Natal.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 09/12/2010
Código do texto: T2662964
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