PAISAGEM NO POMAR

Vento morno

tarde sumindo vestida de lua

vestimos inesperada

espera

de pernas para o ar

entre nêsperas aquosas

na língua

e o poente no pomar.

Beija-nos a brisa

no mistério gozozo

das bíblicas maçãs

e o pecado original...

Boitatás

canhadas do verão...

Corpos acesos.

– Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 71. Poema reformado.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2662467