Eu, o vazio e a solidão....
Eu:
Ainda tenho o vinho da discórdia,
E no vazio cavalgo...por entre poeira
Se eu fugir,não terei de mim misericórdia
Este chão não tem começo nem beira.
O vazio:
Soprai no cântico da alma,
o sumo que se extrai.
Pobre poeta,onde encontrará calma,
se em ti teu pobre espirito se esvaí.
A solidão:
nos teus olhos, o vazio do teu coração.
se embebedas na aurora,
para que na pernoita,não te assoles a solidão.
E tão poucos és,teu espirito onde vaga agora?
Eu:
A pernoita e a solidão ja não mais me assusta,
vago por entre a lama,
e vejo nesta estrada a loucura,
e a esumere noite me chama.
O vazio:
sopro por entre a alma...estou sempre rindo,
teu coração, tão meu,
sempre na esperança acho que estou saindo,
mas se eu não viesse a noite seria apenas o breu.
Eu:
Mas pobre vazio sem a solidão,
que seria dos versos tortos,
se eu há vocês não desse atenção.
Sou Vazio e só, então por isso da vida gosto.