VORAGEM

No solo o cheiro acre dos frutos

caídos com o temporal da madrugada

já em cor e forma desfigurados

promessas de doçura em nossa boca

tão viçosos em perfeita harmonia

agora não passam de vestígios.

Foram-se assim também as vãs quimeras

da mesma forma levadas por um turbilhão

restam mortalhas dos sonhos de um verão

que tal os frutos se perderam na voragem

perplexidade e dor deixaste com tua passagem

amanheci caída, flor cortada e jogada ao chão.

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 09/12/2010
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