Um espelho em cacos

Eu estranho este ar que me rodeia

Este vento que muda tanto

Que ora me tonteia

Que ora me arrasta

Que ora me leva

Que ora me traz

Que ora me deixa prostrado

Numa realidade que parece um sonho

Num sonho que parece real

Eu não entendo por que os meus pensamentos fogem tanto

Porque eu amo tanto este silêncio da alma

Que não acrescenta nada a ninguém

Mas a mim inebria e liberta

Neste silêncio

As lembranças

São Imagens próximas

Refletem-se num espelho

Fragmentado

Em cacos

Invisíveis

Aos meus olhos

Mas Visíveis

Ao meu coração

Vivo

Querendo

Remontar

Este

Espelho

Com os cacos

Que me cortam

Por dentro

Mas não me sangram

Por fora

E

Querendo

Rever

As Imagens

Que um dia

Ali

Em sua frente estiveram

...hoje tão embaçadas que mais parece que foi um sonho...

Robertson
Enviado por Robertson em 08/12/2010
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