AMOR FEBRIL

E no meu corpo uma febre avassala

ponho para fora as minhas dores

uma fraqueza nos ossos me abala

e meus pensamentos são de amores.

E o suor no meu corpo, o frio,

estremece cada tendão meu

e por dentro que mora um vazio,

um vazio do tamanho teu.

E parece que me assassinaram,

que fiquei prostrado ao apanhar.

Por que não ouvir que me amaram

se nada nos custa o amar?

Nesta senda que me enveredei,

numa terra de sonho de rei,

só me resta entregar-me ao sono,

lânguido de abandono.

E eu, aos céus, rezei bem baixinho,

confessei com uma folha no vento;

roguei para não estar sozinho,

ou perdido no meu pensamento.

Falei de ti para o meu coração,

apesar dele não usar a razão,

desviou-se da tua face tristonha

que me olhava suplicante,

mas não vacilei um instante,

meu pobre coração que sonha.

Mas meu corpo cansado e doente,

doente e fraco de amor,

espera pela luz clemente,

na força do nosso Senhor.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 08/12/2010
Reeditado em 08/12/2010
Código do texto: T2659569
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