Poema de minha face

Poema de minha face

Ruja-me! Ruja-me ó vento

Este canto que me desdita,

Este algoz pensar que dita,

Que hora fel ou mel...

A bonança ou a tormenta

Leva-me ao inferno e ao céu.

Ruja-me! Ruja-me ó céu

Nos trovões a infinita cólera,

Na noite que além mora,

Que inverno ou verão

Eu vejo sob o branco véu

A quem andei seguro a Mão.

Acalenta-me! Belas nuvens

No arrebol que vem na aurora,

Pois a fitá-las perco a hora

No pensar a imagem bela,

E à tardinha eu sei que vens

Sem delonga passear com ela.

Escreva-me! Esconso tempo

Nas paredes vivas da história,

Escreva nelas um verso de vitória

De um poeta sempre amante,

Que de ti espera como penso,

Ter um nome e um semblante.

E escreva bem ao meu lado

Os nomes de meus amores:

Meu pai e meus irmãos senhores

E minha cristã sempre bela!

Minha mãe e Irmã em legado,

À música e à minha quimera.

Visitem meu blog:

www.poesiarteeterna.blogspot.com

Oziney Cruz
Enviado por Oziney Cruz em 07/12/2010
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2659109
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