IDENTIDADE PERDIDA
O ventre da saudade
abriga um feto
que deixei lá por desleixo
quando estava muito ocupado
alimentando um orgulho rabelde.
As horas mastigam meu semblante
como um moinho de ilusões
enquanto o meu corpo
esquece que o tempo
é seu único inimigo.
Minha poesia é um lençol
onde posso esconder minhas lágrimas
para que o mundo não me note chorando
e ria de mim como se fosse eu o único culpado
de acender velas no fundo do mar
para tentar encontrar minha verdadeira
identidade!
Juazeiro do Norte em 07 de dezembro de 2010