FOSSO INFERNAL
Não insista no vício da luxúria,
Pois o mal vem com tanta, tanta fúria
Que nos leva a pensar que estamos certos,
E que somos cristãos mais prediletos,
Quando estamos sendo infiéis completos!
Alimárias mais rudes dos desertos.
A luxúria transforma o homem num rude,
Rasga-lhe a consciência, rasga a virtude
Cegando-o aos exemplos especiais.
E o homem esquece todos os deveres,
Pisoteia a moral e, sem poderes,
E peca, usurpa, e se isola mais, mais.
Depois de começar não pára mais
Rompe as barreiras individuais
Para cair no fosso vil do mal.
Depois... expia ali o sofrimento
A outros causado em lance de tormento...
Chamam aquilo de fosso infernal.
Salé, 07/12/10, às 5h 05min