PÔR-DO-SOL


A tarde me cai suavemente descortinada
entre tons alaranjados na promessa de nova alvorada
Em mim anoitece palavras,em estrelas acetinadas
Na brisa leve que de lua me toca os lábios
um beijo soprado na saliva de  muitos rios
no sussurro abstrato de qualquer destino
eliminando todo e disperso frio
De súbito imagens se formam no pensamento
sobre quimeras que as ostento
um limiar extinto a meu contento
em tantas plumas um gentil momento
Violada a alma sã,
de tantos desejos que me abrigam os poros
a vontade gritante de um abrigo em colo
a germinar  carícias como fértil solo
de todo amor que poderá ser vivido.





Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 06/12/2010
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