QUALQUER LÁGRIMA

Pensamentos convulsivos
agonizantes em seus suspiros
Nos ponteiros ousados do silêncio
sou da vida o instante, um pêndulo
Uma gota perdida de qualquer lágrima
uma verdade não dita e violada
uma voz que se mantém calada
E além de mim sobrevive a rosa
indolente e inflamada
que livre sonha e vive em vãs madrugadas
onde a escuridão é a omissão do nada
onde o amor são pétalas tatuadas
e a dor são vestígios
dos espinhos que me fere a alma,
É paz desencontrada.




Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 06/12/2010
Código do texto: T2656331
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