segue vento atordoado
pelas nações de sonhos,
depõe sobre pedras do mundo
esperanças esquecidas
atenha-se a suavidade do sorriso
de criança , embebeçido de vida..

segue rumo aos altos montes caros
aos verdes gramadais
aos picos montanhais
aos corações de carne

segue vento rodeando o espaço
pensando que o mundo é de aço
instiga auto defesa
e flores reboliçadas
gritam descoloradas
pensando que são tristeza

segue vento ao nublado tempo
aos ditos não ditos
aos ritos aos mitos
aos cântaros secos
aos sóis dos desertos
de almas enchêrto

segue por cada cantinho
abana cada caminho
espalha folhas ao chão
empurra os olhos fechados
para o abismo esgotado
para acordar o coração

segue vento sem demora
venta dentro venta fora
apaziguando a exaustão
enleva aos céus uma prece
que aqui o minuto esquece
de programar salvação

segue vento para longe
para o infinito daqui
segue andando tal homem
segue pra poder existir
enxuga as lágimas soltas
de amores que não nascerão
e ensine muito mais coisas
aos ventos novos que virão

sabendo que coisa triste
é o vento que ainda existe
ventando na contramão
trazendo a musica santa
fingindo que é o que encanta
mais no fim é FURACAÕ

segue vento na falha ,
na folha ,
na rua , na bolha de sabão
segue vento e não fala
que a lágrima que rola na sala
ja foi enchente invasão

segue e apenas avisa
que o furacão modernisa
é vento fraco, é brisa
ou sómente reflexão...
que a força da tempestade
agora pela metade,
é fraca ou só impressão...

e que por mais que rodeie
o vento
no infinito
sempre haverá um chamado
de alguma forma descrito...

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 06/12/2010
Reeditado em 19/04/2013
Código do texto: T2656169
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