KARL SCHMIDT, Alemanha, 1919, óleo sobre tela
O SILÊNCIO
No eco do desencanto
repousam chamados
que a noite traz,
que a impaciência faz
ao ouvido incapaz,
que da vida se queixa,
que a nada se presta -
senão à mudez
que resta
sublingual.
Mal de todos os silêncios.
E os cães,
apenas os cães
na loucura dos seus latidos
e nos rastros deixados nas calçadas,
por suas trêmulas patas
sangrando
feridas,
conhecem.
Como se esse silêncio fosse eterno.
O SILÊNCIO
No eco do desencanto
repousam chamados
que a noite traz,
que a impaciência faz
ao ouvido incapaz,
que da vida se queixa,
que a nada se presta -
senão à mudez
que resta
sublingual.
Mal de todos os silêncios.
E os cães,
apenas os cães
na loucura dos seus latidos
e nos rastros deixados nas calçadas,
por suas trêmulas patas
sangrando
feridas,
conhecem.
Como se esse silêncio fosse eterno.