Estar-se

Quando moreis terei em te, eu como sina.

E mesmo lá, serei eu, tua crina.

No coração de quem odeia

Na razão de quem ama

Quem fecha a porta, já está em casa.

E na calma, se briga.

Quando na partida, não se gosta.

E se gostar não é querer

Quando quem se quer não ama

Mesmo na cama se odeia

E na aldeia, se juntam.

Quando o amor se separa

Mas, quem quer parar são os outros.

Se para os outros, vivemos.

Quem não queremos, está junto.

Como junco e lagoa

Mesmo os dois, meio á toa.

É na dor que se completam.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 05/12/2010
Reeditado em 09/12/2010
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