O Sonho de uma Alma
Era um dia
em que o sol dormia e as sombras jaziam,
o mundo girava mas não entendia
o som que minh'alma emitia.
Oh, alma minha!
Que tanto o sol queria...
Caminhava e não sabida
o quão frágil sua existência seria,
pois viria a noite em que o amor esperaria
entregando-se ao sonho que em seu peito ardia, totalmente destemida.
Era uma tarde
em que o pôr do sol não aconteceu,
abatida a lua se recolheu
antes mesmo de seu apogeu.
E o mundo girando não entendeu,
apenas calou-se diante do grito que minha alma deu.
Oh, alma minha!
Tão triste ficou que em si se escondeu,
pois em sua tristeza extrema não percebeu
que o sol à sedução do horizonte se rendeu.
Não percebes, alma minha,
que o amor que contigo mantinhas,
era promessa distante que nunca aconteceu?
Era uma noite,
sem lua, sem estrelas,
onde só o céu negro imperava.
E minh'alma...
Oh, alma minha!
Terna e sensível, o sonho em si ainda abrigava,
de encontrar o amor verdadeiro
ao qual se entregaria sem medo ou preconceito.
Tamanha sua ingenuidade,
mal sabia que a saudade era enfim sua realidade
e que o amor que tanto almejava
nunca passou do sonho de uma alma que sonhava.