VOZ DA PAIXÃO


Sombras que ressurgem do nada
pulsando do mais íntimo da alma
Qualquer desespero é alucinação
quando transborda amor no coração

O silêncio é canto suave em solidão
liberando lembranças, qualquer emoção
E a saudade bate a porta sem nenhuma hesitação
e por um instante, parte longe, alguma razão

Não temo a escuridão
pois habita em mim, uma grande contradição
Sou o tudo que veio do nada
o abrigo farto, a paz desencontrada

E se me falta espaço nessa imensidão
dou logo um grito, e refaço a confusão
renego os sim, e afimo os "nãos"

Sendo pra sempre cativa de mim
que de extremidades não tem fim

Vivendo a vida sem qualquer exatidão
contrariando sempre a previsão
na insanidade que me veste a paixão.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 05/12/2010
Código do texto: T2653886
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