DE VIDA E MORTE


Ia morrendo e, já, ia tarde,
O tal, do fulano, estrangeiro,
Nada na vida, ele fez de ligeiro,
Na vida tudo, ele fez sem alarde.

Valeu de aposta, uma ninharia,
Mas valeu mais que valia em verdade,
Nunca se o viu, nem jamais se o veria,
A demonstrar a menor vaidade.

Era daqueles, que se ninguém falasse,
Passava o tempo e nem era notado,
Aliás, e nem se o tempo parasse...

Alguém veria o pobre coitado,
Problema agora era quem o enterrasse,
Isso se a morte, tiver dele lembrado.