SERIGUELA
Eu quero o gosto da minha terra,
A simplicidade que nada me cobra.
O alimento futuro, que a gente enterra,
Cultivamo-lo com fé de sobra.
Eu quero da canção a beleza regional,
Que outras vogas não entendo.
Minha janela tem perfume floral,
Minha cerca de quiabento é sem remendo.
Não venha cantar outros mundos,
Não creio na Lua do outro lado.
A minha Lua nasce nos fundos
Do meu quintal estrelado.
(Luciene Lima Prado)