Drummond

Na ”Princesinha do Mar” uma estátua largada 
Drummond de lodo e lixo a dor se converte
Na maresia salgada tristonho e inerte 
A preservá-la distinta do chão até agora nada.

O bronze de sol e chuva saturado
O turista simplório se emociona
Parado e atônito fica sem saber

Tira foto e conversa com o poeta
Como se a carne ali pudesse existir
Drummond de ferro e branze, coitado!
Daquela sujeira não pode fugir.

Talvez desça do céu um ou mais garis
Para aquela estátua limpar
Valorizar não só o ferro e o bronze
Mas o poeta e os turistas que ali ainda hão de vir.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/12/2010
Reeditado em 05/12/2010
Código do texto: T2652188
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