A magia de ser criança

Tem coisa que os meus olhos

sempre deveriam ter visto

Deve ter sido a visão de alguma

das doces faces da poesia

Nunca ter permitido determinar

o som dos meus ouvidos

o que aquela criança

vislumbrou ao ouvir

A solidão a nos devorar

Que longo silêncio poético

Um deserto natural

Que às vezes nos faz chorar

A poesia seria uma cantiga

Como uma criança

que engatinha ao andar

Ah!... Eu teria protegido meu coração.

Mas desse modo, ele seria infantil...

Como é bom poder relembrar.

A criança que fui um dia

Nunca deixando de sonhar

A vida é poesia...

Essa magia continua de quem ama

Brilho dos meus olhos e

o sorriso largo

Quando fui arco-íris

como se voltasse ao passado

Ao tempo em que era criança

Quando todos diziam

Que era a síntese da esperança

embora quando chorava

Por algum motivo qualquer

Não tinha sentido a vida

era litúrgica minha ilusão humana

Mas a natureza transcendente

Sustentava a natureza filosófica

De todo aquele que tem fé

E o autismo vem do Alto

e revela toda arte verdadeira

e o real sentindo o saber

precisa-se da mentira da ficção

para sempre mostrar algo da revelação...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 03/12/2010
Reeditado em 31/07/2011
Código do texto: T2652048
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