Virginal Ato

Anjo Noturno perfumado,

Virginal licor perfeito,

Olhos seráficos,

Lisa carne de ufana beleza,

Vil tentação em trama,

Vinho e Volúpia ambos Amantes,

O prazer do lábio à alcova,

Na saliva inflame do beijo,

Sua voz ferida,

Fel obscuro,

Entre lírios confinados,

Nos silêncios dos desejos inertes,

Nas palavras frias do acaso,

O seio em angústia,

Em áspero desvelo,

A dor carne na volúpia não vão.

Magnólia em perfume,

Exalava teu ventre,

Águas incolores de Amor,

Esse libido isenta a cor,

Com sabor espesso,

Enlaça e arde noites,

Em pálidas sementes leves de sono,

Tua cintura o marfim quente,

Jardim oscilante em agonia doce,

Seu ramo de sangue em dentes de luz,

E teu corpo morto de Luxúria no meu,

- Hoje -

...e...

– Sempre -

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 03/12/2010
Reeditado em 04/12/2010
Código do texto: T2651764
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