Virginal Ato
Anjo Noturno perfumado,
Virginal licor perfeito,
Olhos seráficos,
Lisa carne de ufana beleza,
Vil tentação em trama,
Vinho e Volúpia ambos Amantes,
O prazer do lábio à alcova,
Na saliva inflame do beijo,
Sua voz ferida,
Fel obscuro,
Entre lírios confinados,
Nos silêncios dos desejos inertes,
Nas palavras frias do acaso,
O seio em angústia,
Em áspero desvelo,
A dor carne na volúpia não vão.
Magnólia em perfume,
Exalava teu ventre,
Águas incolores de Amor,
Esse libido isenta a cor,
Com sabor espesso,
Enlaça e arde noites,
Em pálidas sementes leves de sono,
Tua cintura o marfim quente,
Jardim oscilante em agonia doce,
Seu ramo de sangue em dentes de luz,
E teu corpo morto de Luxúria no meu,
- Hoje -
...e...
– Sempre -