MARSUPIAL
O poema tem forma
que deforma cada linha exposta
Nos mamilos da dor.
Escava a realidade do corpo
Dilacera o óbvio
Dança sobre a linha do equador.
O poema verdadeiro, ácido puro
Tem o véu das mentiras construído
No olhar lacrimoso da vida;
É preciso lê-lo, degustá-lo a cada vírgula
Para sentir o explendor das palavras
Rasgar todos os sonhos.
Líbidos poetas
Seres alternativos ser cárcere
Cuspam suas partículas,
Deixem os ex-líbris voarem ao vento
Para que a existência auroreal das flores
Perdidas naufraguem no teu infinitos ser.
Incendeie outro corpo que seja tua planície
de silêncio geográficos
rabisque outros caminhos
Construa outros moinhos
E tire de sua bolsa halos
Para um outro canto, outro enigma.
Edd Wilson