MARSUPIAL

O poema tem forma

que deforma cada linha exposta

Nos mamilos da dor.

Escava a realidade do corpo

Dilacera o óbvio

Dança sobre a linha do equador.

O poema verdadeiro, ácido puro

Tem o véu das mentiras construído

No olhar lacrimoso da vida;

É preciso lê-lo, degustá-lo a cada vírgula

Para sentir o explendor das palavras

Rasgar todos os sonhos.

Líbidos poetas

Seres alternativos ser cárcere

Cuspam suas partículas,

Deixem os ex-líbris voarem ao vento

Para que a existência auroreal das flores

Perdidas naufraguem no teu infinitos ser.

Incendeie outro corpo que seja tua planície

de silêncio geográficos

rabisque outros caminhos

Construa outros moinhos

E tire de sua bolsa halos

Para um outro canto, outro enigma.

Edd Wilson

edd wilson
Enviado por edd wilson em 15/10/2006
Código do texto: T265153