FLORES FINGIDAS
Na soleira,
um manjericão
implorando água,
seco como
o meu estio.
Ela, de aromas,
inodora,
regava um cravo
fingindo perfumes.
No horizonte,
a distância
mal começava
e ela já varava
a ilusão
do chegar.
Na soleira,
um manjericão
implorando água,
seco como
o meu estio.
Ela, de aromas,
inodora,
regava um cravo
fingindo perfumes.
No horizonte,
a distância
mal começava
e ela já varava
a ilusão
do chegar.