FLORES FINGIDAS

Na soleira,

um manjericão

implorando água,

seco como

o meu estio.

Ela, de aromas,

inodora,

regava um cravo

fingindo perfumes.

No horizonte,

a distância

mal começava

e ela já varava

a ilusão

do chegar.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 03/12/2010
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