Quanta dor...
Na rejeição,
No desamor,
Na angustia,
Naquela dor,
Da traição...
De ouvir não!
Pés no chão,
E os espinhos,
Cacos, pedras,
Amargos vinhos.
Sem roupa e pão,
Ou voz,
Pra gritar até
A rouquidão...
Triste algoz!
Sem visão
Ou adormecer,
Sem merecer...
A solidão,
Mas com razão!
Quanta dor...
Na lágrima
Que não cessa,
Nem cai,
E não rega!
Noite infindável,
Morte que não
Limita corpo e alma!
Quanta dor...
Naquele olhar!