O que era dela...
Eu a quis tanto que o meu peito doía,
como se meu amor por ela fosse doença;
e de tantas quimeras eu me nutria,
que agnóstico, fiz dela a minha única crença!
E se eu nunca a perdi,
- porque não se perde a mulher que não se teve -
só choro não ter mais o sonho em que a vi
minha, num sonho lindo e breve!
Por isso, se o meu amor por ela permaneceu
como ferimento d’alma jamais cicatrizado,
é porque o que eu tinha para lhe dar, do que era meu,
era o que a mulher nenhuma jamais teria dado!
Eu a quis tanto que o meu peito doía,
como se meu amor por ela fosse doença;
e de tantas quimeras eu me nutria,
que agnóstico, fiz dela a minha única crença!
E se eu nunca a perdi,
- porque não se perde a mulher que não se teve -
só choro não ter mais o sonho em que a vi
minha, num sonho lindo e breve!
Por isso, se o meu amor por ela permaneceu
como ferimento d’alma jamais cicatrizado,
é porque o que eu tinha para lhe dar, do que era meu,
era o que a mulher nenhuma jamais teria dado!