O que era dela...


Eu a quis tanto que o meu peito doía,
como se meu amor por ela fosse doença;
e de tantas quimeras eu me nutria,
que agnóstico, fiz dela a minha única crença!

E se eu nunca a perdi,
- porque não se perde a mulher que não se teve -
só choro não ter mais o sonho em que a vi
minha, num sonho lindo e breve!

Por isso, se o meu amor por ela permaneceu
como ferimento d’alma jamais cicatrizado,
é porque o que eu tinha para lhe dar, do que era meu,
era o que a mulher nenhuma jamais teria dado!




Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 02/12/2010
Código do texto: T2649009
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